Exemplos de Redação para Nota 1000 no ENEM
Confira exemplos de redação que vão te ajudar a conseguir nota 1000 no ENEM. Aprenda com exemplos de redações dissertativas prontas sobre racismo, bullying, corrupção, meio ambiente, mobilidade urbana e outros temas que já caíram no Exame Nacional e são sempre pautas atuais em discussão.
Dicas Básicas para Fazer uma Redação
Antes de tudo, é importante saber a estrutura básica de uma redação dissertativa, que é cobrada em vestibulares e concursos e cobra a argumentação e soluções sobre o tema proposto: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão.
Na introdução deve estar a apresentação do tema escolhido, abordado de forma ampla e abrangente. No desenvolvimento, normalmente no segundo e terceiro parágrafos, é onde devem estar a argumentação, a exposição das causas, consequências, dados relativos ao assunto e exemplificações. Na conclusão, forneça a solução do problema, o que poderia ser feito para acabar com os problemas.
Descobrir a fórmula mágica para saber como conseguir uma nota 1000 no ENEM ou chegar, ao menos, próximo desse número, é o sonho de muitos estudantes. De fato, é preciso muito estudo e prática e aqui você está no lugar certo para encontrar o material que precisa através de exemplos de redações prontas. A nota 1000 pode, sim, ser sua!
Racismo
A redação sobre racismo sempre propõe reflexões acerca do tema, suas origens, consequências nos dias de hoje e a inclusão de políticas sociais que abracem os negros marginalizados dentro do processo social desde a escravidão até hoje. Confira o modelo pronto:
Programa de reflexões e debates para a Consciência Negra
Por Felipe Cândido da Silva.
Todos sabemos que no mundo há grandes diferenças entre pessoas e que, por estupidez e ignorância, cria-se o preconceito, que gera muitos conflitos e desentendimentos, afetando muita gente. Porém, onde estão os Direitos Humanos que dizem que todos são iguais, se há tanta desigualdade no mundo?
Manchetes de jornais relatam: “Homem negro sofre racismo em loja”; “Mulheres recebem salários mais baixos que os homens”; “Rapaz homossexual é espancando na rua”; “Jovens de classe alta colocam fogo em mendigo”; “Hospitais públicos em condições precárias não conseguem atender pacientes”; “Ônibus não param para idosos”. “Escola em mau estado é interditada e alunos ficam sem aula”; e muitas outras barbaridades. Isso mostra que os governantes não estão fazendo a sua parte.
Mas pequenos gestos do dia a dia – como preferir descer do ônibus quando um negro entra nele; sentar no lugar de idosos, gestantes e deficientes físicos, humilhar uma pessoa por sua religião, opção sexual ou por terem profissões mais humildes – mostram que também precisamos mudar.
A questão da etnia vem sendo discutida no mundo todo, inclusive no Brasil, que é um país mestiço, onde ocorre a mistura, principalmente, de negros, brancos e índios. Por mais que se diga que todas as pessoas são iguais, independente da cor de sua pele, o racismo continua existindo. Músicas, brincadeiras, piadas e outras formas são usadas para discriminar os negros. Até mesmo a violência se faz presente, sem nenhum motivo lógico.
As escolas fazem sua parte criando disciplinas que mostram a importância que cada cultura tem para a cultura geral do país. E educando as crianças para que não cometam os mesmos erros dos mais velhos, pois preconceito se aprende, ninguém nasce com ele.
Enfim, cada pessoa pode fazer a sua parte, acabando com qualquer tipo de discriminação que existe, com qualquer tipo de preconceito que sente, percebendo que todos nós somos iguais, independente de raça, credo, idade, condição social ou opção sexual. Esse é o primeiro passo para que cada um respeite os direitos dos outros. O direito de um acaba quando começa o do outro. E com a população conhecendo seus direitos e praticando seus deveres ela fica mais unida. E a voz que grita para que os direitos humanos sejam exercidos soará bem mais alta, pois já diz o ditado: “A união faz a força”.
Bullying
A redação sobre bullying aborda o fenômeno, sua conceituação e consequências. O tema pode levantar a discussão sobre mecanismos de controle e o quanto a estruturação da sociedade em si influencia na propagação dessa prática.
O Bullying na Sociedade Brasileira
Bullying é um fenômeno que envolve repetidas e intencionais agressões contra uma ou mais pessoas com o intuito de prejudicá-las e afetá-las negativamente. Esse tipo de ocorrência é comum na sociedade brasileira, especialmente por conta da ideia histórica de violência como fonte de poder, verificável em grandes episódios, como na Ditadura Militar de 64, que utilizava a repressão como forma de controle e se espalhou no imaginário popular; e de despreparo governamental em lidar com situações que ocorrem em ambientes de sua responsabilidade, como o do ensino básico.
De início, é visível que o bullying se baseia na ideia de que a violência é um método de obter poder perante quaisquer minorias. Verifica-se isso na atual situação da Comissão da Anistia, que investiga até os dias de hoje os crimes políticos da época da Ditadura, na qual houve tortura e até morte de inocentes por conta de ideias minoritárias que eram perseguidas pelo governo. Não por acaso, tal ideia de efetividade da violência se espalhou no âmbito privado e familiar, formando pais e responsáveis que criam seus filhos de maneira agressiva com o objetivo de educá-los com a punição, mas acabam infiltrando no indivíduo a crença de que essa é uma forma válida de se impor. Tal noção leva à ocorrência do bullying nas mais diversas esferas, seja no trabalho, com um chefe que ameaça seu funcionário devido à sua religião, seja na escola, onde colegas batem em outro por conta de suas características físicas.
Em consequência disso, há o desrespeito às mais diversas diferenças entre os indivíduos, intensificado pela omissão da esfera governamental em âmbitos como o escolar. Não é incomum vermos casos como o noticiado pelo jornal O Globo, em que um garoto, no sul do Piauí, era constantemente agredido pelos colegas da escola apenas por usar óculos. Dentro dessa situação, observam-se professores e funcionários que não têm preparo para lidar com a questão do bullying. Ao não tomar providências, acabam agravando o problema, pois os jovens sentem medo de denunciar a ocorrência e, então, se tornam pagantes de consequências graves, como desenvolvimento de depressão, dificuldades para socializar e outros distúrbios psicológicos que são levados adiante nas outras fases da vida.
Portanto, o ideário popular brasileiro e a omissão governamental precisam ser modificados para sanar o bullying no contexto brasileiro. Dessa forma, é imprescindível que o Ministério da Educação, associado ao Ministério do Trabalho, estabeleça treinamentos de funcionários escolares, professores e profissionais das mais diversas empresas, por meio da criação de um programa de combate ao bullying escolar e no trabalho, cujo conteúdo, aplicado por psicólogos, explicará detalhadamente como cada indivíduo deverá agir diante do bullying, com o intuito de facilitar a proteção dos brasileiros, garantir sua integridade e, assim, diminuir a reverberação que o problema causa no restante da sociedade. Destarte, nosso passado violento será superado e o bullying terá seu fim à vista.
Corrupção
A redação sobre corrupção pode abordar exemplos reais diversos. O modelo pronto traz a temática da corrupção na política brasileira.
A Corrupção na Política Brasileira
Do latim, “corrumpere”, atualmente a corrupção política se define quando um ou mais governantes se aproveitam de seus poderes políticos e financeiros para se beneficiarem de alguma forma a partir de outras instituições, comumente envolvendo renda pública ou privada. Dentro do Brasil essa prática é amplamente conhecida e, por isso, vive-se um momento de crise política no qual o cidadãos e eleitores demonstram desinteresse pelo compreendimento mais profundo dos assuntos políticos que são necessários ao exercício da cidadania por meio do voto, bem como demonstram desesperança nas leis atuais, as quais possuem brechas com relação à punição da conduta corrupta.
Em primeiro plano, a percepção acerca da corrupção no contexto político do Brasil é indubitável. Tem-se como exemplo a Operação Lava Jato, que investiga, hoje, 51 políticos de diversos partidos sob a acusação de crimes de corrupção. Tal situação acaba acentuando a crise política no sentido de suscitar o desinteresse popular na atuação cidadã e democrática, já que o pensamento coletivo é de que a força e a vontade do povo não são suficientes para modificar um cenário amplamente atingido por ações ilícitas e que fogem ao papel central da democracia representativa: representar o coletivo de uma nação. Dessa forma, uma vez que não são fiscalizados seriamente pelo povo, os representantes e governantes sentem-se ainda mais livres para praticarem esse tipo de conduta.
Além disso, o problema também torna-se legal à medida que a fiscalização não é adequadamente feita através das leis existentes. Por conseguinte, uma série de recursos podem ser pedidos pelo réu que possibilitam, inclusive, reeleição, ou, em outra hipótese, estendem o processo ao longo de anos até que um resultado seja obtido. Ilustrando essa situação, tem-se o caso do senador Aécio Neves, aceito como réu no STF por corrupção, mas que após uma série de recursos, teve seu inquérito arquivado e concorre atualmente a senador em Minas Gerais, podendo ser o senador mais votado do estado. Assim, perpetua-se a cultura de eleger os mesmos candidatos e não investigá-los adequadamente, estruturando um esquema profundo de corrupção política.
Portanto, para minimizar o problema em questão, o Poder Judiciário, o qual é responsável pelos julgamentos, deve focar-se em aplicar a diminuição da possibilidade de recursos em caso de acusação de corrupção, por meio do exercício do rito sumário – que prevê tal dificultação -, com o claro intuito de diminuir as formas pelas quais um político pode ludibriar a lei para manter-se em esquemas ilícitos. Além disso, a população deve fiscalizar de maneira mais próxima os candidatos por meio de aplicativos já criados, como o Tem meu voto, com o objetivo de eleger pessoas mais transparentes e preparadas para governar o país.
Doação de Órgãos
A redação sobre doação de órgãos é tema interessante para tratar do dilema da falta de doadores no Brasil, suas causas, consequências e o que pode ser feito para aumentar o número de doadores.
Precisa-se de Órgãos no Brasil
Vive-se, no Brasil, uma situação crítica com relação à doação de órgãos, visto que, segundo o jornal O Globo, as famílias não autorizam a doação em cerca de 50% dos casos. Isso acontece, em parte, porque tais familiares desconhecem os processos do procedimento e conceitos básicos como morte encefálica, duvidando da segurança da doação. Além disso, trata-se de uma pauta pouco explorada tanto em campanhas governamentais quanto em outras esferas, como a escolar, dificultando que a população assimile a importância desse ato e fique ciente dos pormenores do assunto.
A princípio, é relevante ressaltar que uma parte muito pequena das mortes encefálicas é revertida em doação de órgãos. De acordo com a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), apenas 1.800 doações das 6 mil possíveis em 2012 foram autorizadas pelas famílias dos pacientes com morte cerebral. Dessa forma, é possível aferir que por conta da falta de esclarecimento desses indivíduos acerca do processo de retirada dos órgãos, a tendência natural é a negação, já que não é comum que campanhas sobre o tema sejam veiculadas na televisão ou nas redes sociais. Diante disso, há as pessoas que acreditam até que pode haver até roubo dos órgãos como forma de corrupção nos hospitais, complicando a situação de quem aguarda na lista de transplantes.
Outrossim, apesar de existir um bom funcionamento institucional quanto aos transplantes de órgãos, considerando que, ainda segundo o jornal O Globo, 93% dos procedimentos são feitos pelo SUS, pouco investe-se na assimilação individual acerca da importância da doação. Esse assunto e seus devidos esclarecimentos não são pautas comuns nas escolas, desde o ensino fundamental até o ensino médio, nem mesmo nas aulas de biologia. Por conta disso, a temática fica pouco explorada e em um eventual momento de decisão, a família reage com surpresa ao sugestionamento dos médicos sobre a importância da retirada dos órgãos, não autorizando-a devido ao desconhecimento e ao choque de uma situação delicada.
Logo, é visível que o obstáculo da desinformação e do desconhecimento precisam ser superados com o fito de aumentar a quantidade de doações de órgãos. Assim, é dever do Ministério da Educação, por meio da modificação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), incluir o ensino detalhado do procedimento e da importância da doação de órgãos nas aulas de biologia destinadas ao Ensino Médio, com o intuito de introduzir previamente o conhecimento aos cidadãos brasileiros e garantir que em uma possível decisão que tenham de tomar sobre o assunto, estejam em plenas condições de decidir conscientemente.
Meio Ambiente
Na redação sobre meio ambiente pode-se escolher uma entre várias vertentes para dissertar sobre. O modelo pronto o coloca como elemento universal.
Meio Ambiente: Elemento Universal
A Revolução Industrial outorgou à humanidade mudanças que otimizaram o tempo e a vida das pessoas. O capitalismo surge logo após para fomentar tal processo de desenvolvimento em detrimento de um elemento: o meio ambiente. A industrialização aliada ao capitalismo se difundiu no mundo e na perspectiva ideológica da indústria cultural, defendida pelo sociólogo Émile Durkheim, tem ofertado o desenvolvimento para a humanidade, alienando essa para que não dimensione a degradação dos elementos ecológicos envolvidos no processo. Do exposto, infere-se que a promoção do desenvolvimento tem culminado na desvalorização desse e, dessa forma, atualmente a Terra sofre a consequência como furacões mais intensos, aquecimento global acentuado, etc. Reduziram o gasto de tempo, bem como a vida.
Mormente, se faz imprescindível salientar que a não preservação do meio ambiente em uma sociedade resulta em consequências globais. A recente saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, que visava um consenso entre os países mais industrializados do mundo em prol das condições climáticas globais, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), resultará em um aumento de 0,3 grau Celsius na temperatura global. O meio ambiente é, portanto, um elemento universal e as ações benéficas ou maléficas realizadas sobre ele serão assimiladas por todos os povos e nações de forma e com intensidades iguais. Diante disso, a preservação dele é responsabilidade de todos.
Nessa esteira, cabe ressaltar o papel fundamental das Organizações Não Governamentais (ONGs) ambientalistas, como o Greenpeace, que recentemente mobilizaram a sociedade a repudiar uma tentativa do governo de liberar a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), localizada na Amazônia, para exploração. A liberação de tal Reserva constituiria em um enfraquecimento da política de preservação da Amazônia, que é o maior bioma do mundo, e, consequentemente, em um retrocesso ambiental. Mediante a reação das ONGs e da mídia a medida foi revogada. Tais fatos reafirmam a depreciação do meio ambiente, até mesmo pelo Estado, e reiteram a importância da união da sociedade em proveito desse, visto que é dele que emana toda fonte de vida.
Destarte, infere-se que a preservação do meio ambiente não se encontra no mais alto escalão de prioridade de muitas nações. Portanto, urge que seja implementado nas escolas uma disciplina de educação ambiental com o fito de que seja formada uma sociedade consciente da importância do meio ambiente e dos cuidados que esse merece. Ademais, é preciso que o Estado institua políticas de conscientização a respeito da preservação ambiental e revise sua legislação ambiental vigente, a fim de aplicar mudanças, se necessário. Preservando, assim, o meio ambiente, se preservará a vida.
Mobilidade Urbana
Confira o tema de redação sobre mobilidade urbana que aborda os desafios a serem enfrentados no Brasil, a origem da desordem gerada, suas consequências até hoje e o que pode ser feito para resolver o problema.
Os Desafios da Mobilidade Urbana no Brasil
Em 1928, ao inaugurar a primeira rodovia asfaltada no Brasil, Washington Luís, então presidente do Estado, iniciou a concretização do lema da sua gestão: “governar é abrir estradas”. Alguns anos depois, no entanto, a política desenvolvimentista adotada por outro presidente, Juscelino Kubitschek, deturpou tal máxima, pois, mesmo inspirada no projeto do antigo gestor do país, incentivou o crescimento desordenado da indústria automotiva, causando, assim, graves problemas na mobilidade urbana brasileira, situação prejudicial ao bem-estar nacional.
De fato, o tráfego citadino do Brasil enfrenta muitos desafios. Em defesa dessa assertiva, é possível citar o fenômeno popularmente conhecido como “engarrafamento”. Causado pelo grande crescimento da frota veicular e pelo exíguo aumento do número de rodovias do país, esse é o principal problema enfrentado pelos setores nacionais de transporte. Isso se deve ao fato de que, além de ser responsável por aumentar a insegurança nas malhas rodoviárias, tal infortúnio também prejudica a economia do país, pois as pessoas perdem, no trânsito, horas que poderiam ser utilizadas, por exemplo, em atividades laborais, as quais gerariam renda e movimentação financeira.
Assim, ficam evidentes os prejuízos que a deficiência na mobilidade urbana do Brasil causa ao âmbito social. Esse campo, entretanto, não é o único infortunado por tal problema. Biologicamente, é possível afirmar que a ineficiente rede locomotiva do país é responsável por agravar as poluições atmosférica e sonora das localidades onde se mostram mais presentes. Além disso, muitas vezes, devido à falta de planejamento urbano, as “áreas verdes” dão lugar a ferrovias ou a estradas, as quais, em geral, não amenizam o problema do congestionamento nas cidades, assertiva comprovada historicamente pelos equivocados ideais desenvolvimentistas, já citados, de Juscelino Kubitschek.
Portanto, medidas são necessárias para melhorar a mobilidade urbana do Brasil. Para isso, é indispensável que, além da ampliação da rede pública de transportes, ações como a implantação de ciclovias e a adoção do rodízio veicular sejam executadas em todas as metrópoles nacionais pelos governantes, visando ao fim dos congestionamentos e, consequentemente, à redução dos problemas ambientais. Outrossim, a fim de reduzir o número de carros particulares nas vias citadinas, é conveniente que os ambientalistas, com o auxílio da mídia, estimulem, por meio de campanhas, o uso de veículos coletivos ou alternativos – como ônibus e bicicletas – pela população, pois, assim, será possível minorar os desafios do tráfego brasileiro.
Violência
O dilema da violência urbana no Brasil é o tema da redação sobre violência que separamos para te mostrar. Uma dissertação como essa pode abusar dos dados estatísticos e falar sobre a contribuição direta dos governantes sobre a crescente desordem.
O Dilema da Violência Urbana no Brasil
Entre os aspectos que mais atingem a vida dos cidadãos brasileiros está a violência urbana. Definida como uma série de práticas prejudiciais que inclui assaltos, agressões e homicídios em cidades, tal ocorrência afeta diretamente o cotidiano dos indivíduos que vivem no Brasil e se sentem inseguros ao precisarem sair de casa. Esse tipo de incidente se propaga, sobretudo, por conta da desigualdade social, que incentiva a criminalidade, e do enfrentamento equivocado do Estado por meio de métodos pouco eficazes, que podem piorar a situação.
Primeiramente, é preciso explicitar que o fenômeno de Êxodo rural, que ocorreu no fim do século XX, contribuiu para uma maior concentração da população no ambiente urbano. No entanto, a infraestrutura das cidades não acompanhou tal inchaço e, por consequência, não produziu progressos suficientes que garantissem o acesso de todos a empregos, saúde, educação e etc. Dessa forma, houve marginalização dos grupos mais pobres nos bairros mais periféricos, que por serem mais precários também possuem moradias mais baratas e pouco contempladas pelo alcance da segurança pública. Esses bairros se tornaram focos de uma violência que amedronta a população das cidades como um todo e, por vezes, são esconderijo de grupos criminosos como o PCC (Primeiro Comando da Capital). Isso demonstra uma forte desigualdade social como impulsionadora da violência urbana.
Consequentemente, há uma tentativa do Estado de combater tais levantes criminosos e violentos, mas os métodos usados para isso são mais prejudiciais que benéficos. A exemplo, houve a Intervenção Federal realizada no Rio de Janeiro a partir de fevereiro de 2018, em que as Forças Armadas invadiram comunidades com o intuito de combater o tráfico e a violência, no entanto, os resultados foram contrários: segundo o jornal O Globo, o número de mortos em tiroteios no Rio de Janeiro aumentou em 37% e, em contrapartida, a apreensão de armas caiu. Logo, torna-se visível que o verdadeiro foco do problema não está sendo combatido e por tabela está aumentando o número de assassinatos, especialmente da população negra, historicamente marginalizada, e que representa ⅔ dos mortos por ações violentas.
Portanto, com o objetivo de diminuir as disparidades sociais e, assim, a violência urbana, é necessário que o Governo Federal elabore programas sociais mais amplos que energicamente invistam em levar postos de trabalho, instituições de saúde, segurança e educação de qualidade às periferias, por meio de maior destinação de verbas para esse fim e dura fiscalização da aplicação desses investimentos. Desse modo, oferecendo oportunidades e proteção às pessoas, a violência urbana cairá gradativamente e repressões das Forças Armadas se tornarão dispensáveis, construindo um Brasil digno e inviolável.
Aborto
Aborto: legalizar ou não? A redação sobre aborto traz, invariavelmente, a temática da discussão sobre a legalização do mesmo.
Discussões Sobre o Aborto
Compreendida como a interrupção natural ou forçada da gestação de um embrião, impedindo-o de sobreviver, a prática do aborto é discutida sob visão ética, moral e religiosa e, se por um lado é severamente criticada, por outro é incessantemente solicitada. No Brasil, o abortamento é permitido em três situações: quando a mulher corre risco de vida ou se foi estuprada e em caso de anencefalia do feto. Nos outros casos, o aborto é considerado crime, sendo reconhecido como violação à vida. Além disso, há uma grande discriminação por parte da população com relação ao abortamento. Nesse contexto, é importante ressaltar os argumentos religiosos, que veem o feticídio como absurdo, por acreditarem que desde a fecundação do óvulo já exista alma, justificando a onipotência divina sobre a vida humana. Outrossim, do ponto de vista ético e moral, cabe citar a ideia do feto ter, sim, direito à vida, e que qualquer oposição à isso fere um direito constitucional.
Mas quem aborta? O aborto é realizado por mulheres de todas as classes sociais, mas as mais pobres sofrem com os abortos clandestinos que resultam, muitas vezes, em morte por negligência dos próprios procedimentos duvidosos. Os dados confirmam: Em 2015, segundo dados da Pesquisa Nacional de Aborto (PNA), cerca de 503 mil brasileiras interromperam suas gravidezes e uma mulher morre a cada dois dias em decorrência de abortos clandestinos. A partir de então, surgem os argumentos “pró-aborto” que se sustentam no direito da mulher sobre si e seu corpo e na justificativa de que, se os abortos serão realizados de um jeito ou de outro, que a prática seja legalizada para evitar mais mortes e doenças adquiridas no processo.
Este índice elevado reflete a falta da educação sexual, tanto para mulheres quanto para homens, nas instituições escolares e no meio familiar (no qual conversar sobre sexo ainda é um tabu) e demonstra, também, a omissão do governo diante das políticas de prevenção à gravidez. Deste modo, muitas mulheres leigas acerca dos métodos contraceptivos e do planejamento familiar engravidam e, por não terem planejado tal situação em suas vidas, veem como saída mais prática o aborto.
Em vista disso, cabe ao governo federal veicular campanhas nos meios midiáticos que mostrem os métodos contraceptivos existentes e que são distribuídos gratuitamente pelo SUS, além de fazer campanhas de ensino sobre planejamento familiar, permitindo, assim, a médio prazo, uma diminuição no número de gravidezes indesejadas. Quanto às instituições escolares, compete ensinar os seus docentes em idade jovem, por meio de palestras acerca da prevenção à gravidez e sobre as consequências de se realizar a aborção, fazendo com que estes indivíduos se tornem conscientes sobre seus futuros atos.
Intolerância Religiosa
A redação sobre intolerância religiosa no Brasil é tema com muito assunto a ser abordado. O Estado é laico, mas a intolerância religiosa, principalmente contras as religiões de matriz africana, vigora. Confira o modelo pronto:
Intolerância Religiosa
Por Laryssa Cavalcanti de Barros Silva – Redação Nota 1000 no ENEM.
O ser humano é social: necessita viver em comunidade e estabelecer relações interpessoais. Porém, embora intitulado, sob a perspectiva aristotélica, político e naturalmente sociável, inúmeras de suas antiéticas práticas corroboram o contrário. No que tange à questão religiosa no país, em contraposição à laicização do Estado, vigora a intolerância no Brasil, a qual é resultado da consonância de um governo inobservante à Constituição Federal e uma nação alienada ao extremo.
Não obstante, apesar de a formação brasileira ser oriunda da associação de díspares crenças, o que é fruto da colonização, atitudes preconceituosas acarretam a incrédula continuidade de constantes ataques a religiões, principalmente de matriz africana. Diante disso, a união entre uma pátria cujo obsoleto ideário ainda prega a supremacia do cristianismo ortodoxo e um sistema educacional em que o estudo acerca das disparidades religiosas é escasso corrobora a cristalização do ilegítimo desrespeito à religiosidade no país.
Sob essa conjectura, a tese marxista disserta acerca da inescrupulosa atuação do Estado, que assiste apenas a classe dominante. Dessa forma, alienados pelo capitalismo selvagem e pelos subvertidos valores líquidos da atualidade, os governantes negligenciam a necessidade fecunda de mudança dessa distópica realidade envolta na intolerância religiosa no país. Assim, as nefastas políticas públicas que visem a coibir o vilipêndio à crença – ou descrença, no caso do ateísmo – alheia, como o estímulo às denúncias, por exemplo, fomentam a permanência dessas incoerentes práticas no Brasil. Porém, embora caótica, essa situação é mutável.
Convém, portanto, quem primordialmente, a sociedade civil organizada exija do Estado, por meio de protestos, a observância da questão religiosa no país. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação a criação de um programa escolar nacional que vise a contemplar as diferenças religiosas e o respeito a elas, o que deve ocorrer mediante o fornecimento de palestras e peças teatrais que abordem essa temática. Paralelamente, ONGs devem corroborar esse processo a partir da atuação em comunidades com o fito de distribuir cartilhas que informem acerca das alternativas de denúncia dessas desumanas práticas, além de sensibilizar a pátria para a luta em prol de tolerância religiosa.
Tolerância na prática
Por Vinícius Oliveira de Lima – Redação Nota 1000 no ENEM.
A Constituição Federal de 1988 – norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro – assegura a todos a liberdade de crença. Entretanto, os frequentes casos de intolerância religiosa mostram que os indivíduos ainda não experimentam esse direito na prática. Com efeito, um diálogo entre sociedade e Estado sobre os caminhos para combater a intolerância religiosa é medida que se impõe.
Em primeiro plano, é necessário que a sociedade não seja uma reprodução da casa colonial, como disserta Gilberto Freyre em “Casa-Grande Senzala”. O autor ensina que a realidade do Brasil até o século XIX estava compactada no interior da casa-grande, cuja religião era católica, e as demais crenças – sobretudo africanas – eram marginalizadas e se mantiveram vivas porque os negros lhe deram aparência cristã, conhecida hoje por sincretismo religioso. No entanto, não é razoável que ainda haja uma religião que subjugue as outras, o que deve, pois, ser repudiado em um estado laico, a fim de que se combata a intolerância de crença.
De outra parte, o sociólogo Zygmunt Bauman defende, na obra “Modernidade Líquida”, que o individualismo é uma das principais características – e o maior conflito – da pós-modernidade, e, consequentemente, parcela da população tende a ser incapaz de tolerar diferenças. Esse problema assume contornos específicos no Brasil, onde, apesar do multiculturalismo, há quem exija do outro a mesma postura religiosa e seja intolerante àqueles que dela divergem. Nesse sentido, um caminho possível para combater a rejeição à diversidade de crença é descontruir o principal problema da pós-modernidade, segundo Zygmunt Bauman: o individualismo.
Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a intolerância religiosa. Cabe aos cidadãos repudiar a inferiorização das crenças e dos costumes presentes no território brasileiro, por meio de debates nas mídias sociais capazes de descontruir a prevalência de uma religião sobre as demais. Ao Ministério Público, por sua vez, compete promover ações judiciais pertinentes contra atitudes individualistas ofensivas à diversidade de crença. Assim, observada a ação conjunta entre população e poder público, alçará o país a verdadeira posição de Estado Democrático de Direito.”
Política
A redação sobre política aborda, invariavelmente, todos os aspectos negativos relacionados a ela no Brasil. Confira a redação pronta:
A Desconfiança na Política do Brasil
O Brasil é um país marcado pela desconfiança popular com relação à política. Escândalos de corrupção atingem com frequência membros do alto escalão do governo e também acontecem nas Câmaras Municipais, Estaduais e Federais do país, causando uma sensação de desconforto.
Com uma política baseada no Pluripartidarismo, o Brasil vive uma constante disputa de poder entre partidos opositores e da base aliada do governo. O país é governado pelo Partido dos Trabalhadores desde 2003, e viveu um marco histórico durante o período com o julgamento e a prisão dos acusados de envolvimento com o escândalo do Mensalão.
A política brasileira estabelece o voto obrigatório para a população e enobrece seu sistema eleitoral eletrônico que, para alguns estudiosos, representa uma margem para a fraude na contabilidade dos votos para prefeituras, câmaras, governos estaduais e senado.
Atualmente, o governo brasileiro tem uma forte vertente de programas sociais que visam o assistencialismo, como o Bolsa Família, por exemplo. Apesar de ter sido eficiente para reduzir o número de famílias vivendo abaixo da linha da pobreza, as políticas sociais ainda não diminuíram as diferenças sociais e as dificuldades de acesso à educação e à saúde pública de qualidade.
A crise de credibilidade da política brasileira está presente em todas as esferas de poder, seja no Legislativo, no Executivo ou no Judiciário. Com diversos partidos legalmente registrados, o Brasil tem grupos ideológicos fortes, com uma esquerda e uma direita bem posicionadas.
Para sociólogos e críticos, o Brasil permanece como um país em desenvolvimento por causa do posicionamento de seus políticos e pelos gastos exorbitantes destinados a manutenção do sistema político nacional.
Para garantir o mínimo de transparência à política, o país conta hoje com a Lei da Ficha Limpa, que evita que políticos que estejam respondendo por crimes possam se candidatar a cargos públicos. Esta determinação configura um avanço importante na limpeza que deve ser realizada nas esferas políticas do país, principalmente no que diz respeito ao Poder Legislativo.
Preconceito
A redação sobre preconceito pode levantar a questão acerca de vários grupos sociais. O modelo pronto sobre o preconceito racial traz a discussão do preconceito racial no Brasil.
Preconceito Racial no Brasil: O árduo caminho em busca de igualdade
O preconceito racial faz parte da estrutura da sociedade brasileira, sem dúvidas, sua principal raiz é a escravidão. Diante desse fato, aproximar as realidades dos negros e brancos continua sendo um enorme desafio. Com o objetivo de amenizar o problema foram criadas políticas que visam combater a desigualdade social dos negros, uma delas é a lei que criminaliza a discriminação por raça.
A polêmica política de cotas é outra medida que tem como principal objetivo a integração dos negros à sociedade. Muitas discussões giram em torno dessa medida, algumas pessoas defendem que os alunos que ingressarem em uma universidade por meio de cotas rebaixam a qualidade do ensino das instituições. No entanto, nota-se o contrário: os estudantes negros provenientes do sistema de cotas são ainda mais dedicados, pois valorizam o fato de estarem em uma faculdade.
Atualmente, pode-se dizer que o negro tem oportunidades que seus pais não tiveram, fato que não significa que essas sejam iguais às dos brancos. No mercado de trabalho, a perspectiva de crescimento de um negro é menor do que a de um branco. Outro fator que devemos levar em consideração são os dados que demonstram que os negros estão mais expostos à violência. De acordo com o estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, analisando casos registrados entre 2005 e 2015, 71% das vítimas de homicídios no Brasil são negras.
Ainda é válido ressaltar o estereotipamento da mídia em relação aos personagens afrodescendentes, que estão, na maioria das vezes, ocupando papéis de bandidos, favelados, domésticas e etc. Esse fato demonstra bem o racismo no Brasil, apresentado pelas menores oportunidades que os negros possuem em relação aos brancos, isso em todos os setores, como educação, segurança e saúde.
São visíveis os avanços ocorridos devido às políticas que pretendem promover a igualdade racial. Porém, ainda fica evidente a necessidade de ampliação de medidas ao combate à desigualdade. Além dos projetos já em vigor, o governo deve investir no ensino fundamental público, no qual a maioria dos alunos é negra. As escolas e a mídia devem conscientizar as pessoas sobre a igualdade entre as raças, a fim de promover a integração das minorias à sociedade.
Mãos à obra!